domingo, 10 de julho de 2011

Engenho do Brejo

História

O atual território de Belford Roxo era habitado anteriormente pelos índios Jacutingas.
Alguns anos após a expulsão dos franceses, o Governador do Rio de Janeiro Cristóvão de Barros concede ao Capitão Belchior de Azeredo uma sesmaria às margens do rio Sarapuí, na antiga aldeia dos índios Jacutingas. Neste local, ele funda o Engenho de Santo Antônio de Jacutinga - atual município de Belford Roxo - e uma ermida para Santo Antônio é construída na encosta de uma colina a 750 metros da margem do Rio Sarapuí, próximo ao local estabelecido para atividades portuárias.o Engenho de Santo Antônio de Jacutinga é desmembrado, surgindo, então, o Engenho Maxambomba (Nova Iguaçu) e Engenho do Poce (da Posse). No século XVIII um novo desmembramento (desta vez nas terras do Engenho do Maxambomba) faz surgir o Engenho Caxoeira (Mesquita).
Em meados do mesmo século XVIII, as terras do Engenho Santo Antônio voltam a ser desmembradas para formação de novos Engenhos: do Brejo e do Sarapuí. E no mesmo período as terras do Engenho Maxambomba foram desmembradas para formação do Engenho do Madureira (Bairro de Nova Iguaçu).
A Baixada Fluminense é cortada pelo rio Sarapuí e é cercada por pântanos e brejais. Possuía em sua margem um porto para escoamento da produção: açúcar, arroz, feijão, milho, e aguardente.
Na segunda metade do século XIX a fazenda entrou em decadência devido a um surto de epidemias.
O assentamento dos trilhos para a passagem da estrada de ferro Rio d'Ouro cortando a fazenda do Brejo em 1872, em terras doadas pelos descendentes de Coelho da Rocha, deram início a um movimento de reivindicação para transformá-la em linha de trem de passageiros, pois anteriormente esta ferrovia foi construída para a captação de água nas serras do Tinguá, Rio d'Ouro e São Pedro, com colocação de aquedutos ao longo de sua margem.

O "milagre das águas"

Em 1888, uma grande estiagem arrasa com a Baixada Fluminense. A Côrte também ficou sem água e Dom Pedro II ficou preocupado. A proposta que agradou a Dom Pedro II foi a do engenheiro Paulo de Frontin. Na proposta, o engenheiro se comprometia à captar 15 milhões de litros de água para a Côrte em apenas seis dias. Ele conseguiu e esse fato ficou conhecido como "milagre das águas".
O engenheiro Paulo de Frontin tinha um grande amigo e colaborador, um outro engenheiro maranhense que muito trabalhou a serviço dessas obras de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, que se chamava Raimundo Teixeira Belfort Roxo , e que um ano depois veio a falecer. O Brejo, uma pequena vila depois de se chamar de Ipueras, Calhamaço Brejo, passa a chamar-se Belford Roxo, em homenagem a esse ilustre engenheiro.

Conservação Histórica

Hoje no local só existe um prédio em ruínas ,que não reflete a importância que teve no passado.

Geografia

Clima
Seu clima é tropical com temperatura média de 22°C. A menor temperatura registrada na cidade foi seis graus centígrados em julho de 2000 e a maior, a de 44°C.
Vegetação
Sua vegetação original era formada por brejos, como em toda a baixada Fluminense. O prefeito Alcides Rolim criou uma unidade de conservação em Belford Roxo, a APA Maringá-Recantus, com 4,7 quilômetros quadrado, no norte do município.
Fauna
Sua fauna é escassa, mas encontramos animais como garças-brancas, andorinhas, urubus, lagartos, cobras, gambás, gaviões, pombos, furões, pacas, preás, corujas etc.
Hidrografia
Os rios de Belford Roxo pertencem à bacia hidrográfica do Iguaçu/Sarapuí. Os principais rios são: Botas, Iguaçu, Outeiro, Velhas, Maxambomba e Sarapuí.
Relevo
O relevo é suavemente acidentado, com muitos morros. A altitude máxima é de aproximadamente 130 metros.

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